Virgindade Perpétua de Nossa Senhora

Ícone de Nossa Senhora
Ícone de Nossa Senhora

A Virgindade Perpétua de Nossa Senhora é o dogma que proclama que a Nossa Senhora foi virgem durante toda a sua vida, antes, durante e depois da concepção de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Nosso Senhor Jesus Cristo foi concebido por obra do Espírito Santo, demonstrando que a Nosso Senhora concebeu Jesus na sua virgindade. Essa concepção virginal de Maria é explicada no Catecismo:

Desde as primeiras formulações da fé (152), a Igreja confessou que Jesus foi concebido unicamente pelo poder do Espírito Santo no seio da Virgem Maria, afirmando igualmente o aspecto corporal deste acontecimento: Jesus foi concebido « absque semine, […] ex Spiritu Sancto – do Espírito Santo, sem sémen [de homem]» (153). Os Santos Padres vêem, na conceição virginal, o sinal de que foi verdadeiramente o Filho de Deus que veio ao mundo numa humanidade como a nossa

CIC 495

Além disso nas escrituras é clara a virgindade de Nossa Senhora na concepção de Jesus e que essa concepção é obra de Deus, que ultrapassa toda compreensão humana:

As narrativas evangélicas (157) entendem a conceição virginal como uma obra divina que ultrapassa toda a compreensão e possibilidade humanas (158): «O que foi gerado nela vem do Espírito Santo», diz o anjo a José, a respeito de Maria, sua esposa (Mt 1, 20). A Igreja vê nisto o cumprimento da promessa divina feita através do profeta Isaías: «Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho» (Is 7, 14), segundo a tradução grega de Mt 1, 23.

CIC 497

Nossa Senhora posteriormente a concepção e nascimento de Nosso Senhor Jesus também permaneceu virgem. Nos evangelhos em algumas partes mencionam irmãos de Jesus, mas também fica claro nas escrituras que esses irmãos, não são filhos de Nossa Senhora e sim de outra Maria discípula de Jesus:

A isso objecta-se, por vezes, que a Escritura menciona irmãos e irmãs de Jesus (166). A Igreja entendeu sempre estas passagens como não designando outros filhos da Virgem Maria. Com efeito, Tiago e José, «irmãos de Jesus» (Mt 13, 55), são filhos duma Maria discípula de Cristo (167) designada significativamente como «a outra Maria» (Mt 28, 1). Trata-se de parentes próximos de Jesus, segundo uma expressão conhecida do Antigo Testamento (168).

CIC 500

É preciso ter em mente que os apóstolos que escreveram os evangelhos eram hebreus, e que para eles a palavra irmãos designa qualquer parente do sexo masculino, podendo ser sobrinhos, tios ou primos. Na escritura fica claro que tanto Tiago, José e Simão, os ditos irmãos de Jesus nos evangelhos, eram filhos de outra Maria.

Concluindo, Jesus é o único filho de Nossa Senhora, sendo ela virgem também posteriormente ao nascimento de Jesus, demonstrando sua Virgindade Perpétua, como expressa o Catecismo:

Jesus é o filho único de Maria. Mas a maternidade espiritual de Maria (169) estende-se a todos os homens que Ele veio salvar: «Ela deu à luz um Filho que Deus estabeleceu como “primogénito de muitos irmãos” (Rm 8, 29), isto é, dos fiéis para cuja geração e educação Ela coopera com amor de mãe» (170).

CIC 50

O dogma da Virgindade Perpétua de Nossa Senhora foi proclama no 2° Concílio de Constantinopla (553). Esta doutrina é confirmada por outros dois Concílios Ecumênicos: o Lateranense IV (1215) (DS 801) e o Concílio de Lião (1274) (DS 852). Pelo texto da definição do dogma da assunção (1950) (DS 3903), no qual a virgindade perpétua de Maria é adotada entre os motivos da sua elevação, em corpo e alma, à glória celeste, de acordo com artigo da A12.

Outros dogmas além da Virgindade Perpétua de Nossa Senhora

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Referências